terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aferição Pressão Arterial


Pressão Arterial

Os vasos sanguíneos possuem uma pressão no seu interior, sendo este resultado dos batimentos do coração e a contração da parede destes vasos durante a passagem do sangue. O batimento cardíaco é a propulsão de certo volume de sangue através da aorta, realizando a contração de suas paredes empurrando o sangue para frente e o levando a todas as partes do corpo.

Medir, verificar e aferir são termos semelhantes, e todos indicam que se está realizando um exame capaz de mensurar os valores da pressão arterial de um paciente

A aferição da pressão arterial nos permite direcionar condutas terapêuticas individuais, monitorar prevalências populacionais e identificar fatores de risco associados à hipertensão arterial e acurácia deste procedimento tem valor fundamental.
Pela sua importância, deve ser estimulada e realizada, em toda avaliação de saúde, por médicos de todas as especialidades e demais profissionais da área de saúde desde que treinados.

A posição recomendada para verificação da pressão arterial é a sentada. Porem recomenda-se uma aferição na posição ortostática pelo menos na primeira avaliação.

Métodos de Aferição Não invasivo.

Método auscultatório ou palpatório com o uso do esfigmomanômetro aneróide ou coluna de mercurio

Aparelho automático oscilométrico que consiste na utilização de aparelhos automáticos e semi-automaticos para aferição dos níveis pressóricos.

Monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA) permite o registro da pressão arterial por método indireto e intermitente durante 24 horas enquanto o paciente realiza suas atividades habituais na vigília e durante o sono.

Monitorização residencial de pressão arterial (MRPA) é o registro da pressão arterial por método indireto com três medidas pela manha e três a noite durante 45 dias, durante a vigília no domicilio e no trabalho com aparelhos validados.

O Tamanho do Manguito.

O tamanho do manguito é de grade importância para garantir a acurácea das medidas da pressão arterial. Estes devem ser escolhidos de acordo com a faixa etária e os locais de medição da pressão arterial. O uso incorreto pode acarretar em aferições errôneas.
A largura da borracha deve ser de 40% da circunferência do braço e seu comprimento envolver pelo menos 80%.


O local para vefiricação

O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial. O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro, vulgarmente chamado de manguito, e para auscultar os batimentos, usa-se o estetoscópio.
Os sons encontrados

Os sons auscultados durante a aferição são denominados de ruídos de Korotkoff. Podemos classificados em 5 tipos.
I ou K1 - Som súbito, forte, bem definido, que aumenta em intensidade
II ou K2 - Os segundos sons são os murmullos ouvidos na maior parte do espaço
III ou K3 - Desaparecimento dos sons soprosos e surgimento de sons mais nítidos e intensos (semelhantes ao da fase I), que aumentam em intensidade.
IV ou K4 - Os sons tornam-se abruptamente mais suaves e abafados, são menos claros
V ou K5 - Desaparecimento completo dos sons

Os dados obtidos - Numeros

Os números encontrados durante a aferição indicam uma medida de pressão calibrada em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número, ou o de maior valor, é chamado de sistólico, e corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração. O segundo número, ou o de menor valor é chamado de diastólico, e corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado após uma contração.

Media dos valores encontrados nem adultos

Classificação PAS PAD

Normal <120>
Pre Hipertensão 120-139 80-89
Hipertensão Fase I 140-159 90-99
Hipertensão Fase II >160 >100

Média dos valores encontrados em crianças.

Idade Média de Valores PAS/PAD

0-3 meses 75/5o
3-6 meses 85/65
6 -9 meses 85/65
9-12 meses 90/70
1 - 3 anos 90/65
3-5 anos 95/60
5 -7 anos 95/60
7-9 anos 95/60
9-11 anos 100/60
11-13 anos 105/65
13-14 anos 110/70

Tecnica de Medição da Pressão Arterial

1. Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não fale e descanse por 5-10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento, para atenuar o efeito do avental branco (elevação da pressão arterial pela tensão provocada pela simples presença do profissional de saúde, particularmente do médico).
2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas.
3. Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento, envolver pelo menos 80%.
4. Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido.
5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide.
6. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível a pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardas um minuto antes de inflar novamente.
7. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva.
8. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som que determinou a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente.
9. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff).
10. Registrar os valores das pressões sistólicas e diastólica, complementando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a medida. Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados em zero ou cinco.
11. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.
12. O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento.

Principais problemas e erros verificados durante o procedimento:

Manômetro de coluna mercúrio
* menisco abaixo do ponto zero
- acrescentar mercúrio no reservatório
* oscilação excessiva da coluna ou dificuldade de subida na inflação
- limpar ou trocar o diafragma no topo da coluna de mercúrio


Manômetro aneróide
* descalibração não é aparente
- testar calibração (pelo menos de 6 em 6 meses), contra coluna de mercúrio, usando conector em Y

Tubos de borracha, pera e válvula de exaustão
* vazamento nos tubos de borracha e válvulas
- trocar tubos de borracha e válvulas

Bolsa de borracha
* bolsa de borracha muito estreita causa falsa elevação na pressão e muito larga, falsa diminuição da pressão
- usar manguito adequado ao braço do paciente ou tabelas/fitas de correção
* relação inadequada entre a largura e o comprimento da bolsa de borracha
- a relação entre o comprimento/largura da bolsa deve ser 2 : 1
* manguito não centralizado na artéria braquial, eleva a pressão arterial
- colocar a porção central da bolsa sobre a artéria braquial

Manguito
* manguito aplicado sobre as roupas, falseia os valores
- manter o braço desprovido de roupas

Estetoscópio
* tubos excessivamente longos dificultam a ausculta
- empregar tubos mais curtos
* mal adaptado aos ouvidos, dificulta a asculta
- manter a curvatura voltada para a frente do observador

Observador
* não alinhamento dos olhos do observador com a escala do manômetro pode causar leituras errôneas
- manter os olhos à altura do menisco do menisco da coluna de mercúrio e, no manômetro aneróide, incidi-los diretamente sobre o mostrador
* preferência por números terminados em “0” ou “5”
- proceder a leitura do manômetro acuradamente a cada 2 mmHg, evitando arredondamentos
* rechecagem da pressão sistólica antes da deflação total do manguito
- para verificar novamente a pressão sistólica, desinflar totalmente o sistema, aguardando 1 a 2 minutos antes de reiniciar a medida da pressão arterial
* mãos do observador,equipamentos e ambiente excessivamente frios, elevam a pressão arterial
- manter material e equipamentos, ambiente e mãos em temperatura agradável
* interação inadequada entre o observador e o paciente podem elevar a pressão arterial
- procurar afastar a tensão e ansiedade, estabelecendo relação de confiança com o paciente. Evitar conversar durante a medida da pressão arterial

Paciente
* ingestão recente de bebida alcoólica, café, fumo e distensão vesical, interferem na medida
- evitar uso de bebida alcoólica, café, refeições e fumo, pelo menos 30 minutos antes da medida. Certificar-se de que o paciente está com a bexiga vazia
* exercícios físicos antes da medida da pressão arterial podem elevá-la
- descanso prévio em ambiente calmo, por pelo menos 5 a 10 minutos, promovem o relaxamento do paciente

Procedimento de medida da pressão arterial
* não estimação do nível de pressão sistólica
- palpar o pulso radial; inflar o sistema até o desaparecimento do pulso para estimar a sistólica
* inflação excessiva do sistema provoca dor e eleva a pressão arterial.
- inflar apenas 20 a 30 mmHg acima da pressão sistólica estimada
* deflação muito rápida, diminui a sistólica e aumenta a diastólica e, quando muito lenta, aumenta a pressão
- manter velocidade de deflação de 2 a 4 mmHg/seg até ultrapassar a sistólica, em seguida, aumentar gradativamente
* dificuldade na ausculta dos sons de Korotkoff
- inflar o manguito, estando o braço do paciente acima da altura da cabeça por 30 segundos. Em seguida, colocar o braço na posição correta e medir a pressão arterial
* determinação incorreta da pressão sistólica
- a pressão sistólica deve ser registrada de acordo com a fase 1 de Korotkoff (início do som)
* determinação incorreta da pressão diastólica
- a pressão diastólica será determinada com o desaparecimento do som (fase 5 de Korotkoff)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Classes Terapeuticas


Analgésicos
Conceito - medicamentos empregados para aliviar dor, sem causar a perda da consciência.
Os analgésicos são divididos em 2 grupos:
FORTES: utilizados para o tratamento de dores intensas. Ex: Tramal, Timasen, Sylador
FRACOS: utilizados para o tratamento de dores suaves e moderadas. Ex: Anador e Doril

Comentários: Ácido acetilsalicílico acima de 1g. Possui efeito antiinflamatório; dipirona possui efeito anti-espasmódico, cafeína potencializa o efeito analgésico e diminui a sonolência.

Antitérmicos
Conceito – são medicamentos utilizados para aliviar os estados febris, que podem ser causados por inflamações, desidratações e moléstias infecciosas. Ex. Paracetamol, Dipirona e AAS.

Antigripais
Conceito – são medicamentos utilizados para aliviar os sintomas das gripes e resfriados. Geralmente associados, reúnem em sua fórmula analgésicos, antitérmicos, vitamina C e descongestionantes nasais. EX. Coristina D, Apracur e Cheracap.

Antiácidos
Conceito – são medicamentos utilizados para combater o excesso de ácido clorídrico no estômago. No processo digestivo, o estômago produz o ácido clorídrico, além de outras substâncias. Devido a alguns distúrbios, há indivíduos que passam a produzir esse ácido em excesso, provocando dor, queimação (Azia) etc.

Comentários: Os antiácidos aqui citados possuem ação local e praticamente não são absorvidos no intestino, sendo eliminados nas fezes. Os antiácidos de ação local neutralizam rapidamente o excesso de ácido clorídrico do suco gástrico, diminuindo a acidez. EX. AL (OH) + 3HCL - ALCL3 – 3H2O

Reeducadores Intestinais
Conceito – são medicamentos utilizados para regular a função normal do intestino. São compostos ricos em fibras, normalmente derivados de frutas como mamão, ameixa e tamarindo. Ex. Trifibra Mix, Fiber Bran, Naturetti.

Laxativos e Purgativos
Conceito – são medicamentos que facilitam a eliminação das fezes através de mecanismos variados. São os medicamentos somente variando a dosagem, ou seja, os purgativos são laxantes em maior quantidade.

Mecanismo de ação: aumentam o peristaltismo intestinal – Dulcolax, Gutalax e Laxol.
Lubrificam e estimulam a contração do reto – Sup. De Glicelina
Aumentam o volume do bolo fecal – Fleet enema

Antiflatulentos
Conceito – são medicamentos utilizados para eliminação de gases formados pelo trato gastrointestinal. Os gases são formados normalmente no processo de digestão dos alimentos. Em alguns casos, há formação exagerada de gases devido a problemas associados à alimentação errada, mal funcionamento do estômago e intestinos e, ainda, mastigação incorreta dos alimentos. Ex. Dimeticona

Antiespasmódicos
Conceito – são medicamentos utilizados para diminuir a freqüência e a força de contração da musculatura lisa, aliviando assim a dor. Ex. Buscopan e Atroveran

Comentários: Espasmos são contrações involuntárias da musculatura lisa (estômago, intestino, útero e bexiga)

Rehidratantes Orais
Conceito – são substâncias utilizadas para repor rapidamente água e sais minerais essenciais ao organismo, que passam por processo de desidratação. Ex. Pedialyte, Rehidrat e soro caseiro.

Hepatoprotetores
Conceito - são medicamentos utilizados para a proteção das células do fígado e contribuem para o equilíbrio funcional do mesmo.

Modo de ação: de maneira simplificada, os hepatoprotetores são substâncias ricas em aminoácidos que são usados pelo fígado na produção de enzimas que irão degradar o álcool e as gorduras ingeridas. São exemplos de hepatoprotetores:

Epocler: Associação de vit. B6 (piridoxina) e aminoácidos
Metiocolin, Xantinon: Vit. B2 e aminoácidos
Eparema:, Cáscara sagrada, Boldo: São colagogos (promovem a excreção da bile armazenada na vesícula biliar) e coleréticos (estimulam a produção da bile pelo fígado)

Antimicóticos e Fungicidas
Conceito – são medicamentos usados no combate a infecções causadas por fungos. Esses medicamentos são amplamente utilizados na clínica humana e veterinária.

Anti-Séptico
Conceito – são substâncias utilizadas para destruir ou inibir o crescimento de microorganismos. São aplicadas principalmente na pele ou nas mucosas. Podem ser para:
Higiene Bucal: Cepacol, Flogoral, Listerine e etc.
Higiene Ocular: Água boricada, Colírios como Leri, Lavoolho
Higiene da Pele: Dermacyd, Proderm, Água Oxigenada.

Anti-Seborréicos
Conceito – são medicamentos destinados a diminuir o acúmulo de gorduras (oleosidade) da pele e do couro cabeludo. São exemplos:
Acne-aid wash, Salisoap sabonete e Dermotivin sabonete (para remover a oleosidade da pele), Denorex, Selsun azul, Polytar etc (para o couro cabeludo).

Comentários: AAS: Limpa e descama
Selênio: Antifúngico
Enxofre: Diminui a Oleosidade

Pediculicidas
Conceito – são substâncias utilizadas no tratamento da infestação parasitária da pele causada pelo o piolho, que pode ocorrer na cabeça, no corpo e na região genital. São exemplos de pediculicidas:

Específico para a cabeça: Kwell, Toppyc
Específico para o corpo e região genital: Arcasan sabonete e Miticoçan sabonete.

Descongestionantes
Conceito – o descongestionante alivia a congestão nasal, diminui a coriza e ressaca a mucosa nasal.

Comentários: O uso prolongado pode provocar inchaço, que é o efeito contrário do desejado, além do ressecamento da mucosa nasal. Não usar por mais de 5 dias consecutivos.

Testes e Diagnósticos
Conceito – são substâncias usadas para examinar o organismo quanto ao desempenho de suas funções. Normalmente, são usados para detectar alterações no organismo. Ex. Predictor e Glicofita.

Vitaminas
Conceito- são substâncias essenciais para o bom funcionamento do organismo. Em geral, são obtidas através de uma dieta alimentar adequada e são necessárias em pequenas quantidades. Alguns produtos apresentam apenas uma ou várias vitaminas associadas. A falta de vitaminas no organismo pode resultar de dietas inadequadas devido à pobreza, ignorância, tabus alimentares, dentição insatisfatória, má absorção alimentar, necessidade aumentada como em mulheres grávidas, lactação, crescimento e certas doenças como o raquitismo.

Comentários: O uso abusivo, além de ser caro, pode levar a manifestações tóxicas e a reações adversas que são específicas para cada vitamina.

VIT. A – Pele, Cabelo, Visão
VIT. B – Musculatura e Nervos, além de participar na formação das hemácias
VIT. C – Radicais Livres e Imunidade
VIT. D – Absorção de Cálcio
VIT. E – Radicais Livres e Fertilidade
VIT. KI – Coagulação

Anti-Anêmicos
Conceitos – São medicamentos usados no combate à anemia. No caso específico da anemia ferropriva, estes medicamentos suprem a carência de ferro no organismo (sulfato ferroso).
Algumas causas da deficiência de ferro: Absorção deficiente, aumento da necessidade (gravidez, lactação e crescimento) e perdas (hemorragias e verminoses ).

Comentários: No sangue existem células chamadas hemácias, entre outras. No interior das hemácias existe uma substância chamada hemoglobina, no qual o ferro é indispensável à sua formação. A principal função da hemoglobina é o transporte de oxigênio para as células do nosso corpo. O ferro é obtido através da dieta alimentar balanceada, pois não é produzido pelo nosso organismo. Portanto, a sua deficiência causa a anemia do tipo ferropriva. Existem ainda outros tipos de anemia, causadas pela deficiência de vit. B12 ou ácido fólico (anemia megaloblástica) e por fatores hereditários (anemia falciforme).

Antibióticos
Conceito – são compostos químicos produzidos por seres vivos e modificados quimicamente em laboratórios, sendo capazes de inibir ou destruir as bactérias.

Comentários: Infecção é a agressão causada por um microorganismo, geralmente bactérias e fungos, ao nosso organismo. O uso de antibióticos prejudica a flora intestinal, podendo causar diarréia. Infecções causadas por BACTÉRIAS GRM POSITIVAS são mais comuns no sistema respiratório e as causadas por GRAM NEGATIVAS, no sistema urinário.

Antiinflamatórios
Conceito – são medicamentos utilizados para amenizar sintomas como febre, dores e edemas decorrentes de uma agressão ao organismo. Existem, basicamente, duas classes de antiinflamatórios:

ESTEROIDAIS – Cortisonas (dexametasona, Hidrocortisona etc)
NÃO-ESTEROIDAIS – Cataflan, Piroxican etc.

Corticosteróides
Conceito – o cortisol ou hidrocortisona é o principal corticóide (hormônio) produzido pelo organismo. Ele serve para a síntese de outros corticóides mais potentes. A ação antiinflamatória do corticóide se deve ao fato deste impedir a produção de substâncias mediadoras da inflamação. Os corticóides prejudicam o processo de cicatrização do organismo, visto que este está intimamente ligado ao processo inflamatório.

Antialérgicos
Conceito – são medicamentos usados principalmente para o controle de certas afecções de fundo alérgico.

Comentários: Os antialérgicos podem pertencer a uma das seguintes classes de medicamentos: anti-histamínicos, glicocorticóides e outros fármacos como a epinefrina e a pseudoepinefrina.
O cloridato de fexofenadina é o único anti-histamínico não sedativo, pois o mesmo não atravessa a barreira hemato-encefálica.

Antidiarréicos
Conceito – a diarréia é a eliminação das fezes numa consistência mais líquida. Os antidiarréticos são medicamentos usados no tratamento da diarréia resultante de infecções, ingestão de alimentos estragados, alergias etc.

Comentários: Kaomagma – recupera a consistência do bolo fecal
Floratil – recupera a flora intestinal
Imosec – diminui a motilidade intestinal, usado em diarréias de origem emocional ou não infecciosa.

Emolientes
Conceito – usados para suavizar/lubrificar a pele e a mucosa exercendo ação protetora. Exemplo: óleo de amêndoas, manteiga de cacau.

Comentários: Há também os emolientes utilizados para remover o excesso de cera do ouvido, como o Cerumim e Oticerin.

Otológicos
Conceito – São medicamentos utilizados em dores de ouvido que podem estar geralmente associados a infecções. Ex. Lidosporin, Otosynalar etc.

Antieméticos
Conceito – são drogas que impedem ou aliviam sintomas de ânsia de vômito. O vômito é um mecanismo normal de defesa do organismo.

Comentários: em caso de vômito e diarréia concomitantemente dá-se preferência à metoclopramida, por ter efeito estimulante sobre o trato gastrointestinal, isto é, dificulta o vômito mas facilita o funcionamento intestinal, não prejudicando assim o esvaziamento gástrico.

Disfunção Prostática
Conceito – são medicamentos utilizados quando há um aumento benigno da próstata, ou seja, (HIPERTROFIA BENIGNA DA PRÓSTATA). Ex. Proscar, Finasterida.

Comentários: A Finasterida age inibindo o hormônio diidrosterona responsável pelo crescimento da próstata.

Miorrelaxantes
Conceito – são medicamentos utilizados para o relaxamento da musculatura esquelética. A contração da musculatura deve-se à tensão, ansiedade ou lesões ortopédicas. Existem dois tipos de miorrelaxantes:

MIORRELAXANTES CENTRAIS – agem no SNC controlando o tônus muscular. Ex. Dorflex.

MIORRELAXANTES PERIFÉRICOS – normalmente associados com anestésicos.

Vermífugos
Conceito – para combate aos vermes, pela expulsão ou destruição. Ex. Ascaridil.

Tricomonicidas
Conceito – medicamento utilizado para combater a infecção causada pelo TRICOMONAS.

Comentários: A tricomiase é uma doença causada por infecção parasitária do trato intestinal ou genito-urinário. A transmissão pode ser direta, através do ato sexual, ou indireta, através de artigos de toalete.

Antiulceroso
Conceito – são medicamentos utilizados no tratamento de úlceras pépticas, gástricas e duodenais, bem como no tratamento de esofagite de refluxo e hemorragia gastrointestinal. Atuam reduzindo a secreção do suco gástrico basal e também após a refeição.

Colírios e Pomadas Oftálmicas
Não se trata de uma classe terapêutica, mas simplesmente de um conjunto importante de medicamentos utilizados para o tratamento de inúmeras patologias que acometem a região ocular.

Conceito – são medicamentos que têm a função de combater alergias, inflamações, infecções ou qualquer outra patologia que ocorra na região dos olhos. São formas estéreis que, após abertas, devem ser usadas por um curto espaço de tempo e descartada a seguir, evitando assim contaminações.

O conservante utilizado no Lacrima (cloreto de bensalcônio) não permite o seu uso por pessoas que usam lentes de contato do tipo gelatinosa. No entanto, tais pessoas podem fazer uso do Lacrima Plus.

Broncodilatadores
Conceito – medicamentos que promovem uma maior expansão pulmonar, ou seja, broncodilatação, aliviando assim crises de asma e bronquite.

Alguns Broncodilatores:
- Agonistas B-adrenérgicos – Reveni, Berotec e Aerolin
O efeito colateral mais comum é a taquicardia, principalmente em crianças, sendo preferível seu uso através de inalação.

- Metilxantinas – aminofilina e teofilina
Possuem ação mais lenta quando tomadas por via oral. Em asma moderada são usados em associação com outros broncodilatadores.

Antitussígeno / Expectorantes
Conceito – os antitussígenos são medicamentos que ajudam a reduzir a freqüência da tosse e os expectorantes servem para eliminar o catarro. A tosse é um reflexo natural de proteção e sua função é expelir substâncias irritantes ou excesso de secreção do trato respiratório.
A sua origem pode ser alérgica, irritativa, infecciosa e de origem psicológica (geralmente em crianças).

Digestivos
Conceitos: agem estimulando a motilidade propulsora gastrointestinal, estimulando a produção e liberação da bile e enzimas pancreáticas ou mesmo fornecendo estas enzimas diretamente.

Comentários: a má digestão pode ocorrer devido a deficiência de varias substâncias participantes do processo digestivo como ácido clorídrico e enzimas necessárias para a degradação dos alimentos, ou por problemas na motilidade do aparelho digestivo.

Anestésicos
Conceito: são substâncias capazes de provocar insensibilidade geral ou local, para que o paciente não sinta dor. A grande maioria é de uso específico durante procedimentos médicos ou odontológicos.

Antidiabéticos
Conceito: são medicamentos utilizados para controlar os níveis de glicose no sangue.

Ex. Glibenclamida – estimula a liberação endógena de insulina
Glucobay – retarda a absorção da glicose pelo o organismo.

Comentário: Tais medicamentos podem provocar várias reações adversas como coceira, diarréia, alergias, distúrbios visuais e etc.
Alguns tipos de diabetes:
- Diabete Tipo 1 – insulino-dependente – normalmente congênita ou logo nos primeiros anos de vida.
- Diabete Tipo 2 – não insulino-dependente – ocorre na idade adulta. Pode ter como origem a hereditariedade, fatores emocionais, problemas de obesidade e crescimento.

Anticolesteral
Conceito: são medicamentos utilizados para reduzir os níveis de gordura no sangue, ou seja, colesterol e triglicérides. A origem da doença pode ser hereditária e por alimentação rica em gorduras.

Anti-Hipertensivos
Conceito: medicamentos utilizados para controlar a pressão arterial.
Ex. Divelol e Carduran – inibidores adrenérgicos
Vascase e Capoten – inibidores da ECA

Comentários: deve-se tentar o controle da pressão arterial primeiramente por modificação do estilo de vida, redução de peso, restrição ao consumo de sal, abstenção do fumo, aumento de atividades físicas. Se tudo isso não adiantar, recorre-se ao uso de diuréticos isoladamente ou em associação com outros anti-hipertensivos.

Diuréticos
Conceito – são substâncias que estimulam a excreção de alguns íons e diminuem a reabsorção de água nos túbulos renais, aumentando assim a eliminação de água do organismo.

Comentários: São medicamentos utilizados no alívio de edemas e como coadjuvante no controle da hipertensão bem como insuficiência cardíaca congestiva crônica, insuficiência renal crônica e hipercalcemia.

Alguns diuréticos:
- Depletores de potássio – clortalidona e hidroclorotiazida – podem causar hipopotassemia e, por isso, muitas vezes são tomados juntamente com sais de potássio.
- Poupadores de potássio – espirolactona – diminuem a excreção de potássio e a reabsorção de sódio.
- Diuréticos de alça – furosemida - também chamados de diuréticos de alta potência.

Cardiotônicos
Conceito – são medicamentos que aumentam a força de concentração do coração e controlam a velocidade dos batimentos cardíacos. Exemplo: Digoxina e Ancoron.

Comentários: Insuficiência Cardíaca – o coração bate devagar
Arritmia – o coração bate descompassado

Vasculares
Anti-hemorrágicos: evitam as hemorragias – o perigo de hemorragias aparece quando o organismo não produz os anti-hemorrágicos naturais (principalmente a Vit. K1) de maneira suficiente. Ex. Kanakion e Ergotrate.

Circulatórios: servem para controlar a circulação do sangue, tentando evitar a formação de hemorróidas e varizes. Ex. Venocur triplex e Venalot.

Vasodilatadores: aumentam o diâmetro dos vasos. São usados principalmente para anginas e dor forte no peito, e tratam a insuficiência cardíaca congestiva. Ex. Adalat e Sustrate.

Antineoplásicos
Conceito – são quimioterápicos usados no tratamento do câncer. O objetivo do seu emprego é a destruição seletiva das células tumorais. Ex. Alkeran e Zoladex

Comentários: Neoplasia é uma massa de células anormais que se desenvolvem de maneira desordenada. Hoje em dia é muito comum a utilização de associações de quimioterápicos, evitando assim o desenvolvimento de células resistentes num curto espaço de tempo e procurando também resultados mais eficientes.

Anticoagulantes
Conceito – são agentes que prolongam o tempo de coagulação do sangue. São usados em diversos distúrbios cardiovasculares, tais como infarto do miocárdio, embolia pulmonar, doença vascular cerebral periférica e trombose. Ex. Marevan, Heparina Sódica e Clexane.

Comentários: O coágulo é uma rede de finíssimas fibras que são formadas pelo próprio organismo. A formação do coagulo envolve uma série de reações e de substâncias.

Anti-Herpéticos
Conceito - medicamentos de ação paliativa usados para diminuir os sinais e sintomas do herpes. O herpes é uma doença sem cura causada pelo o vírus herpex, muito comum no ser humano, mas que só se manifesta com baixa resistência imunológica. Caracteriza-se por lesões da pele e mucosas.

Comentários: Nunca utilizar pomadas à base de cortisona em herpes, pois pode ocorre piora do quadro clínico.

Orexígenos
Conceito – são medicamentos utilizados para estimular o apetite. EX. Carnabol, Profol etc.

Hormônios
Conceito – são substâncias secretadas por glândulas e liberadas na corrente sangüínea para que possam atingir os tecidos onde irão exercer seus efeitos.

Alguns hormônios:
- Hormônio do Crescimento – chamado somatropina, é produzido pela hipófise e sua deficiência durante a fase de crescimento pode gerar nanismo.
- Hormônios Tiroidianos – T3 e T4, o exame do pezinho feito em lactentes tem como um dos objetivos a detecção precoce do hipotiroidismo, que deve ser tratado, evitando assim o cretinismo. Já o hipertiroidismo é tratado com fármacos antitiroidianos, que impedem a síntese do hormônio tiroidiano. Ex. Propiltiouracil.

Comentários: Quando o organismo não produz ou produz insuficientemente os hormônios é necessária a reposição hormonal, que é feita por substâncias sintéticas, ou seja, produzidas em laboratórios.

Anticoncepcionais
Conceito – são hormônios utilizados para evitar a fecundação (gravidez), no tratamento de algumas patologias ovarianas (cistos) bem como regular o ciclo menstrual. Ex. Gracial e Minulet.

Ovulatórios
Conceito – é um hormônio que atua no SNC no sentido de induzir a ovulação. Este medicamento pode induzir a liberação de 1 ou mais óvulos, aumentando as chances da mulher engravidar. Ex: Clomid e Serofene.

Antidepressivos
Conceito – são medicamentos que melhoram o humor.
Ex: Anafranil, cloridrato de clomipramida e Pondera.

Comentários: A depressão pode ser causada por distúrbios hormonais ou emocionais.

Ansiolíticos
Conceito – são medicamentos usados para diminuir a ansiedade.
EX: Alprazolan e Bromazepan.

Comentários: A ansiedade não tem origem definida, variando de pessoa para pessoa. Pode apresentar-se como um distúrbio do pânico (medo), de ansiedade ou pós-traumático.

Antiparkinsoniano
Conceito – são medicamentos utilizados para tratar os sintomas do mal de Parkinson.

Comentários: A doença de Parkinson deve-se à deficiência de uma substância existente no cérebro chamada DOPAMINA, que é responsável pela coordenação dos movimentos juntamente com a ACETILCOLINA (é preciso que ocorra o equilíbrio entre elas). A LEVODOPA, no sistema central, é convertida em DOPAMINA. O CLOR. DE BIPERIDENO promove a diminuição de ACETILCOLINA, restabelecendo assim o equilíbrio entre a mesma e a DOPAMINA.

Hipnóticos e Sedativos
Conceito – são usados para o tratamento de diversos tipos de insônia, tensão emocional, pois reduz a inquietação e induz o sono e a sedação. Agem deprimindo o SNC de maneira não seletiva ou geral. Em doses elevadas, são usados como hipnóticos e em doses menores como sedativos. Ex. Dormonid e Sonebon.

Neurolépticos
Conceito – são usados para o tratamento de pacientes com desorganização mental de pensamento e comportamento, como por exemplo: obsessão, mania de perseguição e no alívio de tensão emocional grave. Não curam, mas diminuem os sintomas da doença. Portanto, não são curativos, sua ação é primariamente e paliativa. Ex. Carbonato de lítio, baloperidona e risperidona.

Comentários: Neurose – distúrbio da pessoa com ela mesma.
Ex. mania de limpeza
Psicose – distúrbio da pessoa com a realidade.
Ex. ouvir vozes

Analgésicos Narcóticos
Conceito – são medicamentos utilizados para deprimir o SNC, ou seja, diminuem o ritmo cerebral que está acelerado. Ex: Fenobarbital e Fenitoína.

Comentários: A epilepsia caracteriza-se por crises de convulsão que são decorrentes de uma disritmia cerebral, levando a um equilíbrio das cargas elétricas, podendo ocorrer em intensidade e freqüências variadas.

Anorexígenos
Conceito – são medicamentos usados para reduzir o apetite e também agir corrigindo o fator emocional que leva à ingestão excessiva de alimentos.
Ex. Femproporex e Anfepramona.

Comentários: A obesidade é o excesso de gordura que fica armazenada no organismo proveniente de uma alimentação excessiva ou de distúrbios hormonais.

Formas Farmaceuticas


Loção: Medicamento composto por água, álcool, glicerina, sorbitol e o princípio ativo.

Creme: Forma farmacêutica de consistência mole destinada ao uso tópico e difere das pomadas por possuir grande quantidade de água em sua formulação, e por isso apresenta absorção mais rápida. Ideal para lesões úmidas.

Pomadas: Forma farmacêutica de consistência mole e oleosa destinada ao uso tópico. Devido a sua oleosidade, a absorção do princípio ativo pode ser mais lenta, porém de efeito local mais prolongado. Possui poder hidratante e é ideal para lesões secas.

Gel: Forma farmacêutica que possui grande quantidade de água em sua formulação, o que proporciona uma absorção mais rápida se comparar com creme e pomada. O Gel em si não é absorvido pela pele, sendo utilizado quando a pele do indivíduo for oleosa.

Pasta: Forma farmacêutica de consistência pastosa para uso externo.

Emulsão: Forma farmacêutica líquida com base aquosa e oleosa contendo o princípio ativo em uma delas.

Supositório: Forma farmacêutica sólida ou semi–sólida de formato cilíndrico ou ovulado destinado à aplicação retal.

Óvulo: Forma farmacêutica de uso vaginal, cujo os princípios ativos são incorporados à gelatina fundida e moldados em formas específicas.

Colutório: Forma farmacêutica líquida destinada à higiene bucal (anti-sépticos orais). Não devendo ser engolido.

Licor/Elixir: Misturas hidroalcoólicas açucaradas. O termo licor é utilizado quando ligado à frutas.

Tintura: Forma farmacêutica líquida à base de água e álcool. Processo de extração a partir da planta seca.

Alcoolatura: Processo de extração a partir de planta frescas.

Extratos: São alcoolaturas ou tinturas padronizadas utilizadas na concentração do fármaco.

Colírio: Forma farmacêutica líquida e estéril destinada ao uso oftálmico.

Enema: Forma farmacêutica líquida de uso retal. São divididos em medicamentoso e laxativo.
Laxativo/purgativo – utilizado para estimular a eliminação das fezes. O purgativo é o laxativo usado em maior quantidade.
Medicamentoso – utilizado para fazer tratamento de infecções a nível de intestino.

Pó: Forma farmacêutica em que o princípio ativo encontra-se pulverizado, podendo ser destinado ao uso interno ou externo.

Adesivo Tópico: Adesivo de material poroso que libera lentamente o medicamento através da pele.

Xarope: Forma farmacêutica líquida resultante da mistura de água e açúcar, podendo conter também edulcorantes (morango, framboesa).

Suspensão: Forma farmacêutica heterogênea, resultante da mistura de líquidos ou líquidos e sólidos.

Solução: Forma farmacêutica líquida homogênea, resultante da mistura de líquidos ou líquidos sólidos.

Injetáveis: Formas farmacêuticas estéreis para uso parenteral.

Comprimido Simples: Forma farmacêutica sólida resultante da compressão de vários pós (princípio ativo + excipiente). Apenas os comprimidos sulcados poderão ser cortados.

Comprimido Mastigável: Forma farmacêutica absorvida pela mucosa bucal, não reagindo com o suco gástrico.

Comprimido Sublingual: Comprimido de ação rápida.

Comprimido Vaginal: Comprimido revestido por uma película de gelatina glicerinada para uso na vagina.

Comprimido Tamponado: Comprimido laqueado por uma película protetora de hidróxido de alumínio ou hidróxido de magnésio, permitindo a utilização deste medicamento por pessoas que sofram de gastrite ou úlcera.

Comprimido Fervescente: Composto por talco, amido, lactose e bicarbonato de sódio ou carbonato de cálcio + princípio ativo.

Comprimido Revestido: Comprimido que passou por um processo de revestimento com açúcar.

Drágea: Forma farmacêutica sólida cujo o núcleo é um comprimido que passou por um processo de revestimento com açúcar e corante (drageamento).

Cápsulas: Forma farmacêutica constituída de um invólucro de gelatina, que contém em seu interior os excipientes + princípios ativos. Podendo ser:
Moles: contém medicamento oleoso
Duras: Contém medicamentos granulados ou pós.

Oros: Sistema oral de liberação osmótica. É umas cápsulas não absorvíveis, contendo um pequeno orifício que libera gradativamente a substância e que no final é eliminado pelas fezes.

Comentários: O encapsulamento e o drageamento tem por finalidade mascarar o sabor, odor, proteger a mucosa gástrica de substâncias irritantes e, ainda, evitar que o princípio ativo seja destruído pelo suco gástrico.

Conceitos Basicos na Administração de Medicamentos


Medicamento: Substância química capaz de promover no organismo ação preventiva, curativa, paliativa ou diagnóstica.

Medicamento Simples: É aquele que contém em sua fórmula um único sal.

Medicamento Composto: É aquele que contém em sua fórmula dois ou mais sais.

Princípio Ativo/Sal: Substância que irá exercer a ação terapêutica no organismo.

Dose: Quantidade do medicamento que deverá ser aplicada ou tomada, por vez.

Dosagem/Concentração: É a quantidade do princípio ativo no medicamento, ou seja, princípio ativo + excipiente/veículo.

Excipiente/Veículo: Substância que não possui ação terapêutica e que tem por função dar forma e volume ao medicamento.
Excipiente : Forma farmacêutica sólida
Veículo : Forma farmacêutica líquida

Forma Farmacêutica: São várias formas de industrialização do medicamento (comprido, pomada, xarope, etc)

Reações Adversas: Efeitos indesejados causados pelo medicamento em uso.

Efeitos Colaterais: Possíveis reações que poderão ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfico ou maléfico.

Uso Interno: Todo o medicamento que é engolido, ou seja, passa por todo o sistema digestivo.

Uso Externo: Todo o medicamento que não é engolido.

Ação Local: Região onde o medicamento fará efeito, sem cair na corrente sangüínea.

Ação Sistêmica: O medicamento precisa cair na corrente sangüínea para fazer efeito.

Apresentação: São as várias formas em que os medicamentos são embalados (envelope, ampola, blíster etc)

Medicamentos de Ação Rápida: São aqueles que após a sua administração apresentam efeitos rápidos.

Vias de Ação Rápida:
Sublingual – administração debaixo da língua.
Endovenosa – administração direto na veia.
Retal – administrados pelo reto (ânus).
Vaginal – administrado pelo canal vaginal.

Parenteral: É a administração do medicamento através dos injetáveis: Endovenosa, muscular, subcutânea e intradérmica.

Administração de Medicação Via Intramuscular (IM)



A aplicação de medicação intramuscular consiste na introdução de liquido dentro da massa muscular.
Para minimizar os efeitos colaterais ocasionalmente encontrados o profissional devera avaliar rigorosamente a alguns aspectos antes de selecionar o local da aplicação.

Distância em relação a vasos e nervos importantes;
Musculatura desenvolvida para absorver o medicamento;
Espessura do tecido adiposo;
Idade do paciente;
Irritabilidade do paciente;
Atividade do paciente;
Evitar tecido cicatricial ou endurecido.

As injecções IM podem ser bastante dolorosas ou desconfortáveis porque penetram profundamente nas camadas musculares, que são bastante inervadas por fibras sensitivas. Por outro lado, a injecção IM está associada a um maior risco de lesão em nervos e vasos sanguíneos se um vaso sanguíneo for perfurado durante uma injecção (hematoma). Os medicamentos administrados por via IM não precisam de ser administrados tão frequentemente como as injecções IV ou subcutâneas, mas devem ser administradas por um profissional de saúde ou sob a sua supervisão, uma vez que é necessário evitar que estas injecções atinjam o osso ou os nervos.

É essencial, além do conhecimento do procedimento técnico, também compreender as ações da medicação para administrá-la de forma a incrementar seu efeito terapêutico e evitar ou minimizar seus efeitos colaterais.

A aplicação intramuscular deve ser indicada quando:
Necessitamos de medicações de ação rápida porem não imediata.
Para a administração de substâncias irritantes (aplicadas sempre profundamente no músculo);
Introdução de substâncias de difícil absorção, como metais pesados, medicamentos oleosos e demais substâncias consideradas consistentes;
Aplicação de maior volume de soluções (volume igual ou inferior a 4-5ml);

O volume Maximo a ser aplicado deve ser avaliado de acordo com a massa muscular do paciente.

Região deltóidea:2 ml
Região dorsoglutea: 4 ml
Região ventroglutea: 4 ml
Região anterolateral da coxa: 3 ml

A agulha deve ser sempre introduzida em posição perpendicular à pele, ou seja em um ângulo de 90°.
O bisel da agulha deve ser posicionado de forma lateral, minimizando as agressões as fibras musculares minimizando a dor durante o procedimento e as complicações.

As aplicações nunca devem ser realizadas com o paciente em pé, pois caso o paciente apresente complicações durante aplicação, pode cair.

Pode ser aplicado soluções aquosas, oleosas e suspensões.

Os locais de aplicação:

Região deltóidea (músculo deltóide)

A delimitação deverá ser feita marcando quatro dedos abaixo do final do ombro e no ponto médio no sentido da largura(ao nível da axila), 3 a 3,5 cm acima da margem inferior do deltóide. O paciente deve permanecer deitado ou sentado com o braço ao longo do corpo ou com o antebraço flexionado em posição anatômica, com exposição do braço e ombro. ;
Varias são as desvantagens deste local, a grande sensibilidade e a pequena quantidade de liquido injetado são umas delas.
O uso desta região esta caindo em desuso devido ao grande numero de complicações apresentadas. Podemos dizer que é a ultima escolha em relação ao local para aplicação.
Ultimamente esta sendo indicada apenas para administração de vacinas.

Região dorso glútea (músculo glúteo Maximo)

Podemos considerar o segundo local de escolha para administração de medicação via intramuscular.
A área é estabelecida traçando-se um eixo imaginário horizontal com origem na saliência mais proeminente da região sacra, e outro eixo vertical, originando na tuberosidade isquiática, cuja linha de conexão fica paralela ao trajeto do nervo ciático. A injeção é aplicada no quadrante látero-superior externo.
O correto posicionamento deste local nos deixa seguros quanto a evitar lesões no nervo ciático.
Posicionar o paciente em decúbito ventral, com a cabeça voltada para o aplicador (para melhor observação de desconforto ou dor durante a aplicação),os braços ao longo do corpo e os pés virados para dentro. Os pés virados para dentro evita que a pessoa contraia a musculatura.
Crianças deverão estar deitadas firmemente no colo de uma pessoa adulta, em decúbito ventral.
É contra indicada em:
Criancas menores que dois anos;
Criancas maiores que dois anos com reduzido desenvolvimento muscular;
Pessoas com atrofia dos musculos da regiao;
Idosos com flacidez e atrofia senil;
Pessoas com insuficiencia e complicacoes vasculares dos MMII.

Região ventroglútea (músculo glúteo médio e mínimo)

Também conhecida como rochstter, é a mais utilizada em países desenvolvidos.
É a região mais indicada por estar livre de estruturas anatômicas importantes como vasos sangüíneos ou nervos significativos. O posicionamento dos feixes musculares previne o deslizamento do medicamento em direção ao nervo ciático.
Esta região é assinada colocando a mão esquerda no quadril direito do paciente e vice-versa; aplica-se a injeção no centro do triângulo formado pelos dedos indicador e médio quando o primeiro é colocado na espinha ilíaca antero-superior e o segundo na crista ilíaca.

Esta é uma região indicada para qualquer faixa etária, especialmente crianças, idosos, indivíduos magros ou emaciados. O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, lateral, ventral ou sentado.
A desvantagem deste local é a visualização do local de aplicação pelo paciente, e a apreensão deste e dos profissionais de saúde pelo pouco uso deste local, sendo que estes muitas vezes sentem-se inseguros quando a esta técnica;

Região face ântero-lateral da coxa (músculo vasto lateral)

Local seguro por ser livre de vasos sangüíneos ou nervos importantes nas proximidades. Os grandes vasos e nervos percorrem a região póstero-medial dos membros inferiores.
Apresenta grande massa muscular, sendo uma extensa área de aplicação,podendo receber injeções repetidas; Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou crianças chorosas e é de fácil acesso, tanto para o profissional, como para o próprio paciente que dela poderá utilizar-se sozinho.
O local é identificado dividindo-se a área entre o joelho e o grande trocanter em terços; a injeção é aplicada na face lateral do terço médio. Determina-se o local respeitando a distância de 12 cm abaixo do trocanter maior e 9 e 12 cm acima do joelho. A aplicação é feita entre a linha média lateral e a linha média anterior da coxa.

Complicações Durante e após Aplicação

A equipe de enfermagem deve assegurar que o procedimento seja realizado da forma mais segura possível para minimizar as complicações.
A maioria das complicações são encontradas nos músculos deltóide, glúteo maximo e vasto lateral.
A região vento glútea oferece menor risco de complicação devido ao fato de ser livre de vasos sanguineos e nervos importantes e a menor estrutura dos tecido subcutâneo quando comparado aos outros músculos.

Lesão dos nervos radial, ulnar, escapular ou axilar;
Lesão tissular de ramos do feixe vasculonervoso ( artérias e veias circunflexas, ventral e dorsal...) Paralisia dos músculos do membro superior;
Lesão da artéria umeral;
Lesão do nervo circunflexo com provocação do chamado sinal de Anger (parestesia da parte posterior do deltoide);
Atrofia do deltoide;
Abcessos;
Infecoes inespecíficas;
Gangrena por lesão de vasos sanguíneos;
Ulceração ou necrose tecidual por administração de medicamentos contra indicados para esta via;
Reações orgânicas por intolerância a solução injetada;
Tétano e/ou hepatite, em decorrência da contaminação do material durante o manuseio;
Inflamações provocadas por medicamentos irritantes aplicados em grande volume;
Nódulos e fibroses por aplicações repetidas no mesmo local.

Normalmente resultantes de:

Má delimitação do músculo
Uso de técnica não asséptica
Excesso de volume administrado
Administração de solução irritante

Técnica em Z ou Trilha em Z

Técnica ideal para evitar o refluxo do medicamento para a camada subcutânea, evitando o aparecimento de nódulos doloridos por reação inflamatória, principalmente no caso de aplicações feitas com soluções oleosas (como Perlutan) e à base de ferro como Noripurum, este podendo deixar manchas escuras na pele.
Pode ser usada em qualquer um dos locais descritos previamente sendo, entretanto, mais utilizada na região glútea.

Segurar a pele esticada durante a aplicação com o dedo indicador para que após a retirada da agulha a inserção inicial mude de lugar evitando extravasamentos e melhor distribuição da medicação.

Material Necessário

Ampola ou frasco-ampola com medicamento;
Recipiente provido de tampa com bolas de algodão secas;
Almotolia com álcool a 70%;
Serrinha caso ampola não seja pre-serrada;
Seringa de 3 ml, 5 ml ou 10ml;
Agulha para aspiração de calibre 25x8, 25x9, 25x10, 30x9, 30x10, 40x12'ou 40x16;
Agulha para aplicação com calibre 25x7, 25x8, 30x7 ou 30x8;
Cuba-rim para lixo.

Técnica de Aplicação

Lavar as mãos
Com o material previamente preparado, colocar a bandeja sobre a mesa de
cabeceira;
Orientar o paciente sobre o que será feito, preparando-o psicologicamente
Escolher local de aplicação.
Posicionar o paciente e forma confortável e segura.
Fazer anti-sepsia
Segurando a bola de algodão entre os dedos da mão esquerda, retirar o protetor da agulha;
Com os dedos indicador e polegar da mão esquerda, esticar a pele afastando o tecido subcutâneo ou fazer uma prega mais profunda
Introduzir toda a agulha em angulo de 90 graus de uma só vez
Soltar o músculo e puxar o embolo;
Se houver retorno de sangue, retirar a seringa, comprimir o local e realizar nova punção;
Apos injetar lentamente a solução, retirar a agulha
Observar reações no paciente antes e depois da aplicação;
Levar todo o material a sala de serviço e desprezar agulha e seringa
sem desconcertar ou reencapar a agulha, em recipiente próprio para material perfuro cortante;
Limpar e desinfetar a bandeja, deixando, o ambiente em ordem;
Checar no prontuário o medicamento administrado e anotar possíveis reações observadas.

Nunca devemos massagear ou comprimir o local com força.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Sindrome de Cushing



Sinônimos:
Hipercortisolismo; Hiperadrenocorticismo; Excesso de Glicocorticóides.

O que é?
Conjunto de sinais e sintomas do excesso da cortisona (um dos hormônios produzidos pela glândula supra-renal). Esse excesso hormonal pode ser provocado por hormônios sintéticos (exógenos) ou por doenças envolvendo a glândula supra-renal e a hipófise.

Como se desenvolve?
O quadro pode ser ocasionado pelo uso continuado de cortisona ou seus derivados, conhecidos como antinflamatórios esteróides. Estas substâncias são empregadas para o tratamento de uma série de doenças, e provocam o síndrome de Cushing como efeito colateral. Dependendo da dosagem empregada e do esteróide sintético utilizado, os sinais e sintomas sempre irão ocorrer. Em algumas ocasiões estes efeitos colaterais ocorrem sem que o paciente perceba ou os relacione com as medicações que está usando. Esta situação ocorre, por exemplo, com a utilização de medicamentos para problemas de pele ou para problemas respiratórios.
Além do quadro associado ao uso de cortisona, o síndrome de Cushing pode ser provocado por doenças da glândula supra-renal e da hipófise. Estas doenças, em geral, são decorrentes de tumores benignos (adenomas) da supra-renal e da hipófise. Na supra-renal podem ocorrer também tumores malignos. Mais raramente o síndrome de Cushing é provocado pela produção de substâncias estimuladoras da supra-renal por tumores malignos ou abdominais.

O que se sente?
Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco e no pescoço, preenchendo a região acima da clavícula e a parte detrás do pescoço, local onde se forma um importante acúmulo denominado de "giba". A gordura também se deposita no rosto, na região malar ("maçãs do rosto"), onde a pele fica também avermelhada, formando-se uma face que é conhecida como de "lua-cheia". Ocorre também afilamento dos braços e das pernas com diminuição da musculatura, e, conseqüente, fraqueza muscular que se manifesta principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o local. Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade emocional também podem ocorrer. Nas mulheres são muito freqüentes as alterações menstruais e o surgimento de pêlos corporais na face, no tórax, abdômen e nos braços e pernas. Como grande parte dos pacientes desenvolve hipertensão arterial e diabetes, podem surgir sintomas associados ao aumento da glicose e da pressão arterial tais como dor de cabeça, sede exagerada, aumento do volume urinário, aumento do apetite e visão borrada. Quando ocorre aumento importante dos pêlos, pode ocorrer também o surgimento de espinhas (acne) na face e no tronco, e nas mulheres pode surgir mudança na voz, queda do cabelo semelhante a calvície masculina e diminuição das mamas. Esses sintomas se associam com tumores de supra-renal.
No abdômen e no tórax podem ser observadas estrias de cor avermelhada e violeta, algumas vezes com vários centímetros de largura. Algumas pessoas apresentam também pedras nos rins e conseqüentemente cólica renal. A osteoporose é freqüente, provocando dores na coluna e às vezes fraturas nos braços, pernas e na coluna.

Como o médico faz o diagnóstico?
A suspeita do médico deve ocorrer em todo o paciente que apresenta obesidade localizada associada a hipertensão arterial e diabetes, além dos pacientes com o quadro bastante característico, como o descrito acima. A partir da suspeita deve ser solicitada a dosagem de cortisol às 8 horas da manhã, após a administração de dexametasona 1mg às 23 horas da noite anterior (teste de triagem). Se esse exame se mostrar alterado, deve ser realizada uma investigação mais detalhada e serem realizados exames de imagem das supra-renais e da hipófise (tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética).
Além das dosagens hormonais, são necessários exames bioquímicos gerais, Rx de tórax, eletrocardiograma e densitometria óssea.

Como se trata?
Nos casos decorrentes do uso de cortisona, a mesma deve ser suspensa lentamente, inicialmente trocando o medicamento por uma forma mais semelhante a natural (prednisona ou hidrocortisona) e em doses semelhantes àquelas que existem no organismo normal. Depois de algum tempo (semanas), o medicamento deve ser diminuído gradativamente até ser suspenso. Se o paciente sentir a tentativa de retirada da medicação, a dose deve ser mantida o mais próxima da considerada normal e depois de algum tempo tentada nova retirada.
Os pacientes que têm a doença decorrente de tumores de supra-renal e de hipófise, devem ser submetidos a cirurgia de retirada destes tumores. Para esses procedimentos os pacientes devem ser adequadamente avaliados, e necessitam de cuidados médicos especializados.

Como se previne?
Evitando-se o uso de medicamentos contendo cortisonas ou seus derivados.
Os tumores de supra-renal e de hipófise não são previníveis, podendo, por outro lado, ser diagnosticados precocemente o que resulta em melhores resultados.

Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?392
Achei este artigo bem interessante e resolvi compartilhar com voces.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

CPAP Nasal no Recem Nascido



O CPAP nasal é uma pressão positiva continua indicado em:

 Insuficiência respiratória leve ou moderada com diminuição da capacidade de insuflação do alvéolo
 Diminuição da complacência pulmonar com queda de saturação

As indicações mais freqüentes são:

* Doença da membrana hialina * Apnéia do prematuro *Pneumonia congênita
* Aspiração de mecônio * Taquipnéia transitória * Maturidade pulmonar
* Desmame ventilatório

Efeitos do CPAP:

 Aumenta a oxigenação com menos barotrauma
 Previne atelectasia pulmonar
 Reduz esforço respiratório
 Melhora padrão respiratório
 Efeito protetor sobre o surfactante (?).

Complicações:

 Pneumotórax 1-2 %
 Diminuição do retorno venoso e debito cardíaco
 Lesão e necrose de narina
 Obstrução nasal – hipersecreção
 Sangramento nasal
 Distensão gástrica
 Aumento pressão intracraniana – risco hemorragias

Tamanho das prongas:

 Tamanhos inadequados prejudicam a ventilação.
 Com prongas pequenas a pressão não é transmitida adequadamente ocorrendo escape entre as narinas.
 Prongas grandes lesão as narinas causando necrose e hemorragias.

Tamanho Peso
0 Menor 700 gr
1 Entre 700 e 1200 gr
2 Entre 1250 e 2000 gr
3 Entre 2000 e 3000 gr
Parâmetros do CPAP:

FiO2 – usar a mesma de anteriormente (antes do CPAP) para manter uma saturação de 92% para prematuros e 95% para Rn a termo.
PEEP – manter pressão entre 4 a 6 cm de H2O.
Fluxo – inicial de 6 litros por minuto (limites de 5 a 10).

Cuidados de Enfermagem:

 Usar a pronga do tamanho correto.
 Lubrificar o pronga com soro fisiológico antes de introduzi-la na narina
 Se necessário dilatar a narina com cotonete embebido em solução fisiológica
 Monitorar para que o fluxo não seja maior que 10 litros
 Retirar excesso de água dos tubos
 Aspirar narinas delicadamente
 Instilar soro a cada 2 horas
 Lavar a pronga com água e sabão diariamente
 Manter a fixação da pronga adequada, evitando lesões na narina.
 Proteger o septo com curativo de hidrocoloide
 Manter a cabeceira elevada
 Monitorar parâmetros do saturometro

Escala de Coma de Glasgow


A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala muito utilizada pela equipe de saude para avaliação do estado neurológico, é confiavel e objetiva sendo utilizado nas avaliações iniciais e contínuas após um traumatismo craniano. Seu valor também é utilizado no prognóstico do paciente e é de grande utilidade na previsão de eventuais seqüelas.
Tem importante papel na padronização da linguagem tanto verbal como escrita possibilitando uma real avaliação e melhor monitoramento
Sua utilização é rapida e facil.
A escala compreende três testes: respostas de abertura ocular, fala e capacidade motora. Os três valores separadamente, assim como sua soma, são considerados.
A somatoria maxima dos indicadores é de 15 pontos encontradas em individuos sem comprometimento neurologico em relação a consciencia. A pontuação minima encontrada é de 3 pontos em individuas sem qualquer resposta verbal, motora ou ocular sendo compativel com morte cerebral.


Aferição do Pulso


São sinais de vida
Normalmente, a temperatura, pulso e respiração permanecem mais ou menos constantes. São chamados "Sinais Vitais", porque suas variações podem indicar enfermidade. Devido à importância dos mesmos a enfermagem deve ser bem exata na sua verificação e anotação.

Pulso
Conceito:
É o nome que se dá à dilatação pequena e sensível das artérias, produzida pela corrente circulatória.
Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo esquerdo para a aorta, a pressão e o volume provocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, evidenciadas quando se comprime moderadamente a artéria contra uma estrutura dura.

Locais onde pode ser verificado
Normalmente, faz-se a verificação do pulso sobre a artéria radial. Quando o pulso radial se apresenta muito filiforme, artérias mais calibrosas como a carótida e femoral poderão facilitar o controle. Outras artérias, como a braquial, poplítea e a do dorso do pé (artéria pediosa) podem também ser utilizadas para a verificação.

Freqüência Fisiológica:

Homem 60 a 70
Mulher 65 a 80
Crianças 120 a 125
Lactentes 125 a 130

Observação: Existem fatores que alteram a freqüência normal do pulso:

Fatores Fisiológicos:
Emoções - digestão - banho frio - exercícios físicos (aceleram)
Certas drogas como a digitalina (diminuem)

Fatores Patológicos:
Febre - doenças agudas (aceleram)
Choque - colapso (diminuem)

Regularidade:
Rítmico - bate com regularidade
Arrítmico - bate sem regularidade

O intervalo de tempo entre os batimentos em condições normais é igual e o ritmo nestas condições é denominado normal ou sinusal. O pulso irregular é chamado arrítmico.

Tipos de Pulso:
Bradisfigmico - lento
Taquisfígmico - acelerado
Dicrótico - dá a impressão de dois batimentos

Volume: cheio ou filiforme
Observação: o volume de cada batimento cardíaco é igual em condições normais. Quando se exerce uma pressão moderada sobre a artéria e há certa dificuldade de obliterar a artéria, o pulso é denominado de cheio. Porém se o volume é pequeno e a artéria fácil de ser obliterada tem-se o pulso fino ou filiforme.

Tensão ou compressibilidade das artérias
Macio - fraco
Duro - forte

Terminologia:
- Nomocardia: freqüência normal
- Bradicardia: freqüência abaixo do normal
- Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico
- Taquicardia: freqüência acima do normal
- Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico

Material para verificação do pulso:
- Relógio com ponteiro de segundos.

Procedimento:
- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento ao paciente
- Coloca-lo em posição confortável, de preferência deitado ou sentado com o braço apoiado e a palma da mão voltada pra baixo.
- Colocar as polpas dos três dedos médios sobre o local escolhido pra a verificação;
- Pressionar suavCor do textoemente até localizar os batimentos;
- Procurar sentir bem o pulso, pressionar suavemente a artéria e iniciar a contagem dos batimentos;
- Contar as pulsações durante um minuto (avaliar freqüência, tensão, volume e ritmo);
- Lavar as mãos;
- Registrar, anotar as anormalidades e assinar.

Pulso apical:
Verifica-se o pulso apical no ápice do coração à altura do quinto espaço intercostal.

Observações importantes:

- Evitar verificar o pulso em membros afetados de paciente com lesões neurológicas ou vasculares;
- Não verificar o pulso em membro com fístula arteriovenosa;
- Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois pode confundir a sua pulsação com a do paciente;
- Nunca verificar o pulso com as mãos frias;
- Em caso de dúvida, repetir a contagem;
- Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir o batimento do pulso.

Bibliografia:
Manual de procedimentos básicos de Enfermagem / Coordenadora: Maria Isabel Sampaio Carmagnoni - Rio de Janeiro- 1996

O Carrinho de Parada Cardiorespiratoria



Parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação das atividades respiratória e circulatória efetivas. A reanimação cardiorrespiratória (RCR) constitui um conjunto de intervenções que objetiva restabelecer a circulação efetiva e a oxigenação tissular.
Os profissionais de saúde devem estar preparados para atender, de forma sistematizada e padronizada, uma situação de emergência. Devem impor o atendimento imediato, com objetivo de evitar anóxia cerebral e hipóxia, visto que o limite para que não cause uma lesão no cérebro é de três minutos sem oxigênio, causando a partir deste uma isquemia e danos imprevisíveis.
Usado em Emergência o Carro de Parada é um armário que contém os equipamentos usados médicos e enfermeiros, quando acontece uma parada cardiopulmonar (PCR) onde vai exigir procedimentos de socorro imediatos. Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a nomenclatura mais apropriada é Carrinho de Emergência.
Para que isso ocorra, o treinamento da equipe é fundamental, e todo o material necessário para esse momento deve estar disponível de forma imediata.
Neste Carrinho de Emergência devem conter: material de proteção, monitor e desfibrilador, tábua de parada, equipamentos de fibra ótica, equipamentos de laringoscopia, tubos endotraqueais (TET) ou tubos orotraqueais (TOT), vias aéreas, equipamento de intubação, equipamento de aspiração, equipamento de anestesia tópica, equipamentos de ventilação transtraqueal e outros.
Cabe ao enfermeiro de preferência um diarista a responsabilidade da conferência e reposição do Carrinho de Emergência, esta responsabilidade deve ser protocolada de modo que toda equipe tenha acesso a sua conferência.

1. CUIDADOS COM O CARRINHO DE EMERGÊNCIA

Alguns cuidados a serem observados para a sua utilização:

a) Estar sempre organizado de forma ordenada, e toda equipe deve estar familiarizada onde esta guardado cada material;
b) Gavetas chaveadas são contra-indicadas, com exceção á guarda dos psicotrópicos;
c) Os critérios para identificação podem ser: ordem alfabética, ordem numérica crescente, padronização por cores contrastantes;
d) O excesso de materiais que dificultem a localização devem ser retirados;
e) O local onde se encontra o carro de parada deve ser de fácil acesso, não conter obstáculos que dificultem sua remoção e deslocamento.
f) Junto ao carrinho deve permanecer a tábua de reanimação;
g) Deve ser revisado diariamente e após cada uso.

1.1 Rotinas para Controle do Carrinho de Emergência

Para que não ocorra perda de tempo para a equipe e conseqüente dano ao paciente, os materiais e equipamentos devem estar preparados. Este preparo consiste em suprir constantemente os equipamentos e materiais indispensáveis em quantidades suficientes a qualquer momento e contando com uma rotina de reposição dos materiais e drogas utilizados, bem como testar os equipamentos a cada atendimento realizado, considerando que as emergências acontecem de forma imprevisível e muitas vezes, simultaneamente.
Todo o material de consumo deverá estar discriminado e quantificado em uma lista, facilitando o trabalho da pessoa responsável pela revisão e evitando a colocação de material insuficiente ou excessivo, o que igualmente dificultaria o atendimento.
A rotina de reposição e manutenção também deve listar os pontos importantes a serem checados no início de cada plantão e após cada atendimento, tais como: verificar o perfeito funcionamento do ventilador mecânico, do desfibrilador, do aspirador, do laringoscópio, do ambú e demais equipamentos. A equipe deve reconhecer a importância em se utilizar esses materiais de forma exclusiva e criteriosa, não permitindo afetar no trabalho realizado.

2. MATERIAIS QUE DEVE CONTER O CARRINHO DE EMERGÊNCIA

Para que tenhamos uma agilidade no atendimento á PCR, o carrinho deve conter, obrigatoriamente:

• Máscara facial adequadamente inflada e do tamanho do rosto do paciente para que a respiração seja eficiente;
• Ambú com intermediário para oxigênio conectado (a conexão para o tubo orotraqueal (TOT) deve ficar livre);
• Fluxômetro com umidificador de oxigênio;
• TOT (um de cada calibre) de preferência descartáveis, com cuff macio de grande volume e baixa pressão a fim de evitar posterior desconforto, edema, estenose e necrose traqueal. Cada TOT deve ter o seu adaptador com saída macho 15 mm adaptado. Os tamanhos recomendados para as mulheres são 7, 5-8 e para os homens, 8-8, 5;
• Xylocaína gel;
• Seringa de 10 ml para insuflar o cuff, de preferência descartável;
• Gase, cadarço, luvas estéreis, pinça Manguil (para facilitar a colocação do tubo endotraqueal), esparadrapo, cânulas de Guedel;
• Sondas de aspiração (calibre médio e grosso);
• Válvula de aspiração com frasco coletor e intermediário adaptados;
• Cabo de laringoscópio com duas pilhas novas (não guardá-las dentro do cabo);
• Lâminas para o laringoscópio, de diferentes tamanhos e formatos (curva e reta), com lâmpada em bom estado;
• Seringas, agulhas de aspiração, equipos de soro, abocath e scalp descartáveis, cortador descartável de soro, SF 0,9%, SG 5%;
• Desfibrilador com cabo terra devidamente instalado, acompanhado de gazes e pasta de eletrodos.

3. MEDICAMENTOS

ADRENALINA
ATROPINA
AMINOFILINA
ANCORON
BICARBONATO DE SÓDIO
CEDILANIDE
DILACORON
FENERGAN
SOLUCORTEF
GLICOSE 25 E 50%
GLUCONATO DE CÁLCIO
PROPANOLOL
ISORDIL
LASIX
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO
NORADRENALINA
DOPAMINA
DOBUTAMINA
STREPTOQUINASE
SELOKEN
PROCAMIDE
PROTAMINA
XYLOCAÍNA

domingo, 10 de janeiro de 2010

Seringas e Agulhas


As seringas e agulhas são amplamente utilizadas na rotina de trabalho da equipe de enfermagem.
Para evitarmos erros na sua utilização, assim como a minimização de custos, devemos ter um completo conhecimento do seu material, suas partes e as suas devidas indicações.
São diversos os modelos e tamanhos encontrados no mercado nacional e mundial, procurei destacar aqui as mais utilizadas.

Seringas

Formada pelo embolo, cilindro ou corpo e bico

Graduação das Seringas:

Seringas de 20 ml: escala de 1 ml
Seringas de 10 ml: escalas de 0,2 ml
Seringas de 5 ml: escalas de 0,2 ml
Seringas de 3 ml: escalas de 0,1 ml
Seringas de 1 ml: escalas de 0,1 ml, 2 U, 1 U.


Vias de utilização das Seringas

ID: seringas de 1 e 3 ml
SC: seringas de 1 e 3 ml
IM: seringas de 3 e 5 ml
EV: seringas de 10 ou 20 ml

Atenção
1 ml = 1 cm³ = 1 CC
1 U = 0,01 ml


Agulhas

Formada pelo canhão, haste e bisel

Tipos de Agulhas e utilizações

40 x 12 – aspiração e preparo de medicações
30 x 7 – aplicação EV paciente adulto
25 x 7 – aplicação EV paciente adulto
30 x 8 – aplicação IM paciente adulto
25 x 8 – aplicação IM paciente adulto
20 x 5,5 - aplicação IM crianças
13 x 4,5 – aplicação ID e SC
13 x 4,0 – aplicação IC e SC

Orientações Gerais - Administração de Medicações


A administração de medicamentos é uma pratica comum realizada em varias instituições de saude pelos membros da equipe de enfermagem e envolve aspectos eticos e legais.
Em relação a esta tecnica o profissinal envolvido requer conhecimentos de farmacologia e terapêutica médica no que diz respeito a ação, dose, efeitos colaterais, métodos e precauções na administração de drogas.

REGRAS GERAIS

1. Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico.
2. A prescrição deve ser escrita e assinada. Somente em caso de emrgência, a enfermagem pode atender prescrição verbal, que deverá ser transcrita pelo médico logo que possível.
3. Nunca administrar medicamento sem rótulo.
4. Verificar data de validade do medicamento.
5. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas.
6. Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos e efeitos colaterais.
    - melhor horário;
    - diluição formas, tempo de validade;
    - ingestão com água, leite, sucos;
    - antes, durante ou após as refeições ou em jejum;
    - incompatibilidade ou não de mistura de drogas;
7. Tendo dúvida sobre o medicamento, não administra-lo.
8. Manter controle rigoroso sobre medicamentos disponíveis.
9. Alguns medicamentos, como antibióticos, vitaminas e sulfas, precisam ser guardados corretamente, pois se alteram na presença da luz, do ar ou do calor.

CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

- Ao preparar a bandeja de medicamentos, não conversar.
- Ter sempre à frente, enquanto prepara o medicamento, o cartão do medicamento ou a prescrição médica.
- Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas.
- Esclarecer dúvidas existentes antes de administrar o medicamento.
- Identificar o paciente antes de administrar o medicamento, solicitando nome completo e certificando-se da exatidão do mesmo, pelo cartão de medicamento ou prontuário.
- Só cancelar a medicação após administrá-la, rubricando ao lado.
- Quando o medicamento deixar de ser administrado por estar em falta, por recusado paciente, jejum, esquecimento, ou erro, fazer a anotação no relatório.
- Fazer anotações cuidadosas sobre efeitos dos medicamentos ou queixas do paciente.
- Para uma medida perfeita, ao despejar o medicamento no copo graduado, levantá-lo à altura dos olhos.
- Ter sempre o cuidado de limpar com gaze a boca dos vidros de medicamentos, antes de guardá-los.
- Ao colocar o medicamento no copo, manter o rótulo do frasco voltado para a mão, a fim de não sujá-lo.
- Se faltar medicamentos, tomar providências imediatas, seguindo normas e rotinas do serviço.
- Certificar-se sobre as ordens de controle hídrico, dietas, jejum, suspensão de medicamentos antes de prepará-los.

É de grande utilidade seguir o roteiro para a correta administração de medicamentos elaborada por Du Gas:

O cliente tem alguma alergia?
Que medicamentos foram prescritos?
Por que está recebendo esses medicamentos?
Que informações devem ser dadas pela enfermagem, em relação ao efeito desses medicamentos sobre o cliente?
Existem cuidados de enfermagem específicos devido à ação das drogas contidas nestes medicamentos?
Como devem ser administrados os medicamentos?
Que precauções devem ser tomadas na administração de tais medicamentos? Existem precauções especiais que devem ser tomadas por causa da idade, condição física ou estado mental do paciente?
 Alguns dos medicamentos exigem medidas acautelatórias especiais na administração?
O paciente precisa aprender alguma coisa com relação à sua terapia médica?
O paciente ou sua família necessita de conhecimento ou habilidades específicaspara continuar a terapia em casa?

CUIDADOS NA DILUIÇÃO

- Todas as drogas que provocam irritações e com gosto forte, devem ser diluídas, caso não haja contra-indicação.
- Normalmente, não é aconselhavel misturar medicamentos líquidos. Poderá ocorrer uma reação química, resultando em precipitado.
- Água fresca deve ser usada para aumentar o paladar, se não houver contra-indicação.
- Satisfazer o quanto possível os pedidos do paciente quanto ao gosto, que pode ser melhorado, dissolvendo-se o medicamento em suco de frutas ou acrescentando açúcares, se não houver contra-indicação.
- Medicamentos amargos podem ser diluídos na água. Diminui-se o amargor colocando-se gelo na boca antes e depois da medicação.
- Xaropes devem ser administrados puros.
- Salicilatos, digital, corticóides, irritam a mucosa gástrica e podem produzir náuseas e vômitos. Devem ser servidos com leite, e durante as refeições.
- O gosto do iodeto de potássio e solução de lugol pode ser amenizado diluindo-os em suco de uva ou laranja.
-O óleo de rícino ou outros óleos podem ser misturados com suco de laranja ou de limão, café ou chá. Gelo também desestimula as papilas gustativas. É bom tomar com substâncias efervescentes e geladas (coca-cola, guaraná).
- Antibióticos, de modo geral, devem ser tomados com água (nunca com leite) e com estômago vazio.

CUIDADOS EM RELAÇÃO AO REGISTRO DOS MEDICAMENTOS

A fim de evitar acidentes, desperdícios, roubos e uso abusivo, os medicamentos devem ser guardados em lugar apropriado e controlados.
Deve existir uma relação do estoque disponível, e dependendo da utilização um controle de saída diária, semanal ou mensal.
As saídas podem ser controladas pelo receituário, folha de prescrição ou relatório de enfermagem. O importante é que exista um sistema de controle.
O cancelamento no local apropriado (relatório, ficha ou prontuário) deve ser feito logo após a aplicação.
Sendo as anotações de enfermagem um documento oficial, é de grande importância que o cuidados seja assinado ou rubricado por quem fez.

Estas duas dicas a seguir minimizam os erros durante o preparo e administração da medicação:

Cinco Certos da Medicação:

• Medicamento certo
• Via certa
• Hora certa
• Paciente certo
• Dose certa

Três leituras certas da Medicação:

Confira o rotulo:
• Ao retirar a medicação do armário ou do carrinho
• Ao aspirar à medicação do frasco
• Ao guardar ou desprezar o frasco

Apesar do uso de siglas não ser recomendado, no nosso dia a dia profissional nos deparamos com algumas delas:

EV – endovenoso
SC – Subcutânea
IM – Intramuscular
VO – Via Oral
ID – Intradermica
VR – Via Retal
VV – Via Vaginal
S/N – se necessário
ACM – A critério medico
PM – Prescrição medica
S.G. – Soro Glicosado.
S.F. – Soro Fisiológico.
S.G.F. – Soro Glicofisiologico.
G – gramas
MG – miligramas
U – Unidades
UI – unidades internacionais
Gts – gotas
Mgts – microgotas
A.D. – Água Destilada

sábado, 9 de janeiro de 2010

Administração de Medicação Via Subcutânea



Esta via consiste na administração de medicamento na hipoderme, conhecido também como tecido subcutâneo, através da pele.
É indicada para administração de hormônios (insulina, adrenalina), vacinas e anticoagulantes e outras soluções aquosas e suspensões não irritantes
Tem como característica uma absorção mais rápida para a corrente sangüínea do que por via oral e mais lenta quando comparada a via muscular devido sua absorção pelos capilares sanguíneos
Provoca um mínimo traumatismo tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos sanguíneos de grande calibre e nervos sendo assim pouco dolorosas.

Indicação


  • Absorção lenta

  • Efeito prolongado

Locais de Aplicação

É importante alternar os locais de injecção, para evitar as reações no local da injecção.


  • Face externa do braço

  • Região escapular

  • Região abdominal

  • Nádegas

  • Face externa da coxa




Ângulo da Agulha


  • Indivíduos magros: 30°

  • Indivíduos normais: 45°

  • Indivíduos gordos: 90°

Volume Maximo



  • 2 ml

Complicações


  • Infecções

  • Abscessos

  • Embolias

  • Lesão de nervos

  • Necrose tecidual

  • Fenômeno de Arthus: formação de nódulos com pontos de necrose (repetição de local de aplicação)

  • Tecido fibrotico: por volume excessivo, administração rápida e falta de rodízio.


Veja a tecnica de aplicação neste video no Youtube.
http://www.youtube.com/watch?v=QiAf8Ntd_RA




Exercicios para estimular o aprendizado no calculo de medicações

1 – Transformar unidade em ml:

35 U 80 U 45 U 70 U
68 U 55 U 120 U 300 U
36 U 150 U 40 U 20 U

2 – Transformar ml em unidade:
1,2 ml 1,3 ml 0,2 ml 0,4 ml
0,65 ml 2,36 ml 1,72 ml 0,88 ml
0,45 ml 0,66 ml 0,55 ml 1,90 ml



3 – PM: Insulina NPH 30 U SC

Temos insulina 100 U/ml e seringas de 3 ml.

Quantos ml administrar? (0,3)



4 – PM: Insulina NPH 60 U SC

Temos insulina 100 U/ml e seringas de 3 ml.

Quantos ml administrar? (0,6)



5 – PM: Insulina NPH 50 U SC

Temos insulina 100 U/ml e seringas de 3 ml.

Quantos ml administrar? (0,5)



6 – PM: Heparina 600 U SC.

Temos Heparina 5.000 UI/0,25 ml

Quantos ml fazer? (0,03)



7 – PM: Liquemine 1000 U SC.

Temos Liquemine 5.000 UI/0,25 ml

Quantos ml fazer? (0,05)



8 – PM: Heparina 10.000 U SC.

Temos Heparina 5.000 UI/0,25 ml

Quantos ml fazer? (0,5)



9 – PM: Heparina 5.000 U SC.

Temos Heparina 25.000 UI/5 ml

Quantos ml fazer? (1,0ml)



10 – PM: Heparina 2.000 U SC.

Temos Heparina 25.000 UI/5 ml

Quantos ml fazer? (0,2 ml)